Roberto Dinamite – seria ele o quebra-cabeça que faltava para a Seleção Brasileira em 1982

Muitos acreditam que se a Seleção Brasileira em 1982 tivesse um bom atacante, teria levado a Copa do Mundo daquele ano. Afinal, Serginho não conseguia beneficiar seu time, muitas vezes se comportando em campo, como um cervo no gelo.

Naquele ano, o técnico da seleção espanhola Telê Santana não teve igual e, portanto, o Brasil com seu Serginho não teve chance. E muitos se perguntam: realmente não havia opções alternativas para sua posição?

Isso parece muito estranho. Afinal, antes disso, o Brasil conseguiu encontrar atacantes verdadeiramente talentosos, como Roberto Dinamite. Mas, por algum motivo, foi teimosamente ignorado.

Em 1982, o talentoso atacante, que voltou ao Vasco da Gama após um ano no Barcelona, ​​​​tinha 28 anos. Depois de marcar apenas 3 gols pela seleção espanhola, o jogador de futebol decidiu voltar para sua terra natal, levando imediatamente cinco gols para sua equipe e ganhando o apelido de “Dynamite”. Na época da escolha entre ele e Serginho, já tinha cento e noventa gols, enquanto o próprio Serginho tinha apenas cento e vinte e cinco.

Em 1975, Serginho jogou pela primeira vez na seleção brasileira, enquanto o Dynamite jogava por lá há mais de 4 anos. Nos oito anos seguintes, Serginho marcou noventa e dois gols em cento e sessenta e uma partidas. Antes disso, o jogador de futebol jogou por algum tempo pela seleção de Munique (1972). No entanto, Serginho marcou seu primeiro gol apenas 4 anos depois, em jogo contra a seleção inglesa. Lista de gols memoráveis: um gol no Los Angeles Coliseum, assim como um gol contra a Espanha, ocorrido uma semana depois.

Em 1978, Serginho deixou a seleção temporariamente (por 14 meses) quando foi acusado de agredir um árbitro assistente. Nessa época, Dinamite, Reinaldo, Gil, Jorge Mendonça e Zé Sérgio assumiram as posições de ataque na competição de 1978.

No primeiro jogo contra a Suécia, o Brasil teve um desempenho bastante ruim. Seguiu-se um jogo igualmente medíocre contra a Espanha. Mas o jogo contra a Áustria terminou com sucesso para a seleção, quando o técnico mudou de tática, trazendo Gilles, Roberto e Jorge para as posições principais. No final das contas, o Dinamite fez um gol, levando o time à próxima fase.

Um ano no

Na partida seguinte, contra a Polônia, Roberto marcou mais dois gols e poderia ter levado o time à final, mas o Peru fez um acordo com a Argentina.

A partir daí, começou uma série de sucessos para Serginho. No primeiro torneio internacional oficial de Santana, ele marcou o gol decisivo. Depois disso, em 1981, a seleção brasileira participou do “Mundialito” (Pequena Copa do Mundo), que também incluiu Argentina, Itália, Alemanha Ocidental, Holanda. Dynamite não estava no time, mas Serginho sim, marcando mais um gol.

Por seus serviços, Serginho teve a oportunidade de participar das eliminatórias para a Copa do Mundo, mas houve outro incidente escandaloso com sua participação quando acertou o goleiro brasileiro do Grêmio Emerson Leão no rosto, pelo que recebeu imediatamente o cartão vermelho. Com o resultado, o time foi derrotado, o que enfureceu todo o Brasil.

Depois disso, o Dinamite voltou a se juntar à seleção brasileira, trazendo a vitória na primeira partida contra a Bulgária.

Assim, em 1982, a Seleção Brasileira contava com dois excelentes atacantes (Dinamite, Serginho), que também foram auxiliados em campo por Paulo Isidoro e Renato, Sócrates, Zico, Falcão, Edera e Cerezo. Mas no final, apenas um trunfo participou da Copa do Mundo, que acabou não sendo assim.

Em 1983, o Dinamite voltou a se juntar ao time principal de sua seleção natal, derrotando imediatamente o Equador e chegando aos playoffs. No entanto, essa série de vitórias terminou e eles falharam miseravelmente no confronto contra a seleção argentina.

Depois disso, o Brasil jogou duas vezes contra o Uruguai na final da Copa do Mundo. O Dynamite participou das duas partidas, mas na segunda foi substituído, o que se transformou em vitória da seleção uruguaia.

Depois de 1982, Serginho ainda fez parte da seleção brasileira por algum tempo, chegando a ser o artilheiro do campeonato, mas logo a deixou para sempre. Desde então, Dynamite se tornou o jogador de futebol mais popular do clube. Durante sua carreira, ele marcou setecentos gols, tornando-se o recordista da seleção nacional.

Por conta de Roberto – quarenta e sete partidas pela equipe e vinte e cinco gols, enquanto Serginho tem apenas vinte partidas e oito gols.

Depois de se aposentar, Dynamite ingressou na política, tornando-se deputado pelo Rio. Em 2008, o Vasco o convidou para assumir o cargo de dirigente do clube, ao que ele concordou de bom grado.

Comparando Dinamite e Serginho, este último sempre pareceu um jogador bem menos maduro. Comentando sobre seu último ano no clube brasileiro e os resultados da Copa do Mundo de 1982, ele disse que “todos jogaram o seu melhor, mas o clima geral foi nossa ruína”.

Entre os torcedores, existe a opinião de que a disciplina rígida da comissão técnica, bem como as táticas que eles escolheram para jogar, podem ter influenciado o resultado do campeonato. Assim, durante a temporada, os jogadores casados ​​​​eram proibidos de relaxar nos finais de semana, mas deveriam se dedicar todo o tempo apenas aos treinos. Segundo Serginho, a tensão estava no ar e não poderia deixar de afetar o sentimento do coletivismo.

E o mesmo acontece com todas as seleções que fracassam na Copa do Mundo: culpam os treinadores e dão a entender a tensão existente no time. E o Brasil não foi exceção, fortemente influenciado pelos resultados de 1982.